Já temos um artigo aqui no blog (https://www.catslondrina.com.br/doencas/fiv-e-felv-diferencas-diagnostico-sintomas-vacina-e-tratamento/) que apresenta as diferenças entre FIV e FeLV, e algumas informações básicas sobre sintomas, diagnóstico e vacinação, mas o assunto FIV, e tudo que envolve o vírus da imunodeficiência felina (AIDS felina), é muito amplo e deixa os tutores de gatos sempre muito preocupados.
Neste artigo vamos orientar você, tutor, que teve o diagnóstico de FIV para o seu gato, já que a FIV não tem cura.
O que acontece com um gato com FIV positivo?
Um gatinho portador do vírus da imunodeficiência felina (ou aids felina) pode ter uma ‘vida normal’, já que o vírus pode demorar a se manifestar ou até mesmo nunca se manifestar, já que depende da carga viral e do momento do contágio.
Ainda não há estudos comprobatórios, mas na prática clínica o que se nota é que, quando o gato é infectado já na fase adulta os riscos são menores (mas não inexistentes) do que aqueles que são infectados ainda filhotes ou adolescentes.
Um gato FIV+, preferencialmente não deve ter contato com outros gatos pois há o risco de transmissão. Mas, ao contrário da FeLV, se você descobrir que seu gato é FIV+ e já convive com outros gatos da casa, a transmissão pode não ter ocorrido e pode até mesmo nunca ocorrer.
A transmissão do vírus da FIV é diferente, ela se dá principalmente pela mordida, arranhões ou acasalamento, por isso é chamado de doença dos gatos inimigos. Gatos pacatos e castrados possuem menor risco de transmissão para outros gatos. O contato com sangue, urina e secreções pode transmitir a doença, mas normalmente só acontece quando ela já se manifestou de forma agressiva, neste momento separar o gatinho FIV+ é fundamental.
Os gatos com FIV se tornam mais suscetíveis a doenças, que podem se tornar também mais recorrentes e agressivas para o organismo debilitado do gatinho. Eles se tornam também mais suscetíveis a dermatites, otites, estomatites, periodontites entre outras.
Gato com FIV pode tomar vacina?
Sim, os gatos com FIV podem e DEVEM tomar as vacinas regularmente, tanto a antirrábica quando as polivalentes. Não há vacina para prevenção de FIV, então não há com que se preocupar em relação à outras vacinas.
A vacinação anual é MUITO RECOMENDADA, já que previne o surgimento das outras doenças mais comuns, que podem se desenvolver de forma mais agressiva devido a imunodeficiência promovida pela FIV.
Gato com FIV sente dor?
O vírus da FIV em si não causa nenhum tipo de dor, ele predispõe a doenças e infecções que podem sim ser dolorosas, como dermatites, otites, periodontites, gripes e diversas outras doenças e infecções.
Gato com FIV pode ser castrado?
Sim, eles não só podem como DEVEM ser castrados, já que é uma doença que pode ser transmitida pelo acasalamento e pela disputa de território. Um cuidado muito importante, nestes casos é o acompanhamento pré e pós-operatório, além da correta identificação do animal no ambiente hospitalar.
Gato com FIV vive quanto tempo?
Gatos com FIV podem ter uma vida longa e feliz, especialmente quando o contágio pelo vírus é tardio, possuem uma baixa carga viral e recebem todos os cuidados necessários ao longo da vida.
Gato com FIV pode conviver com outros gatos?
O indicado é que convivam apenas com outros gatos FIV positivos.
No entanto, se eles já convivem com outros gatos no momento do diagnóstico, são castrados e possuem uma convivência pacífica, pode não ter ocorrido a transmissão para outros gatos, ou seja, não é porque um gato foi diagnosticado com FIV que os outros gatos da casa possuem também o vírus.
Se for este o seu caso, e for possível manter os animais separados, essa é a situação ideal, mas não obrigatória, depende realmente do convívio entre eles.
Lembrando que não há vacina contra FIV.
Quais sinais ou sintomas requerem mais atenção quando um gato tem FIV?
Gatos com FIV requerem cuidado e monitoramento constante, pois doenças simples como gripe, ferimentos e até placa bacteriana nos dentinhos podem se tornar um problema.
Como é uma doença que reduz a imunidade do gato, as doenças oportunistas ou secundárias podem se tornar mais agressiva.
Então faça regularmente a visita ao veterinário para conferir se está tudo bem (pelo menos a cada 6 meses) com atenção especial ao hemograma.
Procure também inspecionar regularmente pelos, patas, orelhas e dentes, para evitar qualquer tipo de doença. No caso de perda de apetite, apatia, sangramento, vômito ou diarreia procure imediatamente o médico veterinário.