O ideal é que eles consumam apenas ração (seca e/ou úmida) e petiscos próprios para gatos, conforme sua idade e condição de saúde, já temos um artigo completo aqui (https://www.catslondrina.com.br/bem-estar/racao-seca-para-gatos-um-guia-para-escolher-sem-errar/) falando sobre este tema.
No entanto, é bem comum que eles venham cheirar o que estamos preparando ou comendo, especialmente quando se trata de carnes, afinal eles são carnívoros! Outro ponto importante é “saber” o que pode ficar exposto em casa, a um “possível” alcance deles ou não.
IMPORTANTE: não é porque ele pode que ele deve, ok? O ideal é sempre uma alimentação balanceada e adequada para as necessidades dele, ou seja, alimentos para gatos!
Vamos ver então quais alimentos você pode oferecer ou permitir que seu gatinho coma com você, com moderação e de forma esporádica.
Carnes: frango, peru, carne bovina ou suína, cozidas, sem tempero, sem ossos e sem gorduras aparentes.
Peixes: salmão, atum, sardinha, são ricos em ômega 3, mas devem ser oferecidos cozidos e sem temperos. Truta, tilápia e cavalinha também são petiscos saborosos. Desde que preparados da mesma forma (cozidos e sem temperos). Evite oferecer enlatados e defumados pois podem possuir altas concentrações de sódio.
Ovos: outra fonte de proteína que muitos gatinhos adoram! Mas também só devem ser oferecidos cozidos e sem temperos.
Legumes: a maioria dos legumes está liberada. Os mais seguros para consumo são mandioca, cenoura, chuchu, pepino, beterraba, palmito, agrião, rúcula, quiabo, batata-doce, cará, inhame, mandioquinha (batata-baroa), abóbora, abobrinhas, grão de bico e ervilhas. Esses alimentos devem ser oferecidos em pequenas quantidades, preferencialmente cozidos no vapor ou assados. Se quiser oferecer algum cru, triture-o no liquidificador ou mixer.
Importante: rabanete, brócolis, repolho e couve devem ser evitados por gatos com hipotireoidismo, mas está liberado para os demais. Já jiló, batata-inglesa, berinjela e pimentão devem ser evitados para gatos com artrose.
Frutas: devem ser oferecidas com muito cuidado e sempre sem semente, são seguros para o consumo moderado morango, mirtilo, melão, melancia, maçã, pêssego (in natura), pera, kiwi, caqui, banana, ameixa (in natura), manga, figo e goiaba. Atenção: As frutas cítricas são tóxicas!
Cereais: arroz branco ou integral, aveia, milho, cevada, trigo, mas é importante lembrar que especialmente a aveia deve ser consumida com moderação devido à grande quantidade de fibras. A melhor forma de consumir esses cereais é cozido em conjunto com alguma fonte de proteína.
Avisos importantes:
Muitos alimentos crus, como carnes, peixes e ovos possuem risco de contaminação por bactérias ou parasitas e podem causar intoxicação alimentar. Os alimentos em conserva, de qualquer tipo, não são recomendados pois possuem alta concentração de sódio e conservantes.
Alguns alimentos, embora não sejam proibidos, não são recomendados. Eles podem causar desconfortos digestivos ou são nutricionalmente pobres para nossos gatinhos. O consumo ocasional ou acidental não é uma emergência médica, mas é preciso ficar atento a qualquer sinal como vômito, diarreia, salivação excessiva ou perda de apetite.
Laticínios: muitos gatos são intolerantes à lactose, então leite, iogurte e queijos feitos com leite de vaca podem causar problemas digestivos.
Enlatados e conservas: eles são potencialmente perigosos devido à presença alta de sódio, podem ser oferecidas, mas esporadicamente e em pequena quantidade.
Pães: devem ser evitados em excesso, já que o fermento pode causar problemas digestivos, além de contribuir para a obesidade.
Pipoca: o milho em si é bem tolerado pelos gatinhos, mas não é nutritivo. O problema é que a pipoca é costuma ser feita com óleo e tem adição de temperos, especialmente sal, por isso deve ser evitada.
Considerações finais
É importante reforçar que as necessidades de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais dos gatos é muito diferente das nossas. Portanto, é preciso muito cuidado e moderação ao oferecer ou permitir que seu gatinho coma alimentos comuns a humanos.
O excesso pode causar obesidade e até deficiência de vitaminas ou proteínas. A alimentação natural é possível, mas deve ser elaborada por um médico veterinário especializado em felinos para garantir que todas as necessidades nutricionais sejam atingidas.
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